
Conversando com um pesquisador de longa carreira na universidade pública, ele me disse que os professores de matemática são os que menos utilizam tecnologia em sala de aula. em qualquer nível de ensino. Não é nada contra a tecnologia. Simplesmente, para os professores de matemática, do que adianta apresentar vídeos e slides prontos com fórmulas e gráficos bonitos se o que os alunos precisam aprender é, justamente, de onde vêm as fórmulas e os gráficos.
Diferente de outras disciplinas em que os alunos aprendem “ouvindo” ou “lendo”, talvez “falando e escrevendo”, a matemática é “hands-on”, só se aprende “fazendo”. Um ambiente de aprendizado de matemática no computador envolveria outros desafios que vão além de animações atrativas e gráficos bonitos.
Mas como reproduzir a liberdade de uso da caneta e do papel para aprender matemática, usando teclado, mouse e ou uma tela de celular/computador ?
Há também o desafio de melhorar a visualização de dados. Um site como o WOLFRAM, espécie de Google da Matemática, por exemplo, resolve equações e traça gráficos com precisão mas está longe de ajudar alguém a aprender matemática básica, por si mesmo – é muito útil para quem já sabe matemática, assim como acontece com as velhas calculadoras.
Por quê? Porque o aluno precisa de um tempo para pensar, tem limites individuais e o excesso de recursos equivale a nenhum recurso para quem está começando.
Uma interface para estudar monômios e polinômios
Anos atrás participei de um projeto na empresa RCT Computadores na Escola e ali ajudei a criar aplicativos para trabalhar álgebra no ensino fundamental e médio. A ideia era que o aluno usasse a máquina para gerar novos exercícios e verificasse os resultados de forma autônoma, sem o professor. O estudo individual ocorreria antes ou depois da aula convencional. Não sei como seria usado hoje em tempos de aula invertida e ensino online, mas dá vontade de retomar o projeto.
Veja abaixo um vídeo com algumas demonstrações das atividades.
Se tiver interesse em saber mais ou utilizar este material (não está à venda) escreva abaixo em comentários ou diretamente para mim em: professor.ronaldobarbosa@gmail.com