Associação Nacional de Educação Básica Híbrida – ANEBHI
Link provisório: http://anebhi.com/
Sobre a Diretoria Científica da ANEBHI:
As pesquisas no Brasil envolvendo tecnologias digitais e educação tem mais de 30 anos e começaram em escolas públicas na educação básica. Embora os computadores fossem lentos e houvesse poucas alternativas de software, já se vislumbrava formas de potencializar a expressividade e o pensamento criativo dos alunos. A revolução parecia possível, era só questão de tempo, mas quanto tempo?
“A música não está no piano, assim como o aprendizado não está no computador. Precisamos saber tocar”. Seymour Papert
Uma década mais tarde os computadores estavam presentes em muitas casas, eram muito mais robustos, traziam a novidade dos recursos multimídia, telas coloridas de alta resolução e podiam ser usados para diferentes finalidades. O advento da Internet no meio da década de 1990 parecia a realização do sonho de quem gostava de estudar: acesso instantâneo a fontes de informação diversificadas e atualizadas; pessoas de diferentes partes do mundo poderiam trocar experiências; comunidades poderiam ser criadas; os conteúdos abertos poderiam nutrir um aprendizado sem limites.
Poucas mudanças ocorreram na escola.
Aí vieram os celulares: computadores de bolso muito mais acessíveis e fáceis de usar. Com eles podia-se fazer compras, movimentar contas bancárias, trabalhar, divertir-se e conversar à vontade por voz ou texto. Mas a educação permaneceu praticamente a mesma.
Certamente não por falta de pesquisas e de publicações de alto nível. Numerosos artigos, livros e teses de grande valor foram publicados. Aprendemos muito: a necessidade de priorizar a formação de professores; o uso dos recursos digitais mais como meio do que como fim; a prevalência da metodologia sobre a tecnologia ; a necessidade de cultivar uma cultura de projetos; a inegável dependência do poder público para condicionar as mudanças. Aprendemos também que sem a efetiva participação das pessoas, sobretudo os gestores de escolas, professores e alunos, as mudanças seriam sempre muito pontuais, restritas e passageiras.
Mas talvez faltasse até ali um certo sentido de urgência e de necessidade.
A pandemia e o afastamento social forçaram a mudança. Professores que nunca tinham usado computador para apoiar suas aulas viram-se, de repente, obrigados a usá-lo.
Agora a escola questiona a si mesmo e é questionada, o ensino presencial está diante da necessidade de incorporar recursos tecnológicos: não haverá mais alunos e professores como antes. Mas os desafios da escola híbrida no Brasil ainda são enormes, a igualdade de oportunidades esbarra na dura realidade de que 30% dos lares brasileiros não tem sequer Internet, segundo o PNAD, do IBGE.
Como desenvolver a revolução digital neste contexto?
A Diretoria Científica da ANEBHI entende que podem ser contruídas novos caminhos ligando pesquisadores e professores, universidades e instituições com as próprias escolas, gestores públicos com gestores escolares, professores com professores.
Os instrumentos da nova diretoria incluem a criação de revista acadêmica, fóruns de discussão permanentes, apoio a cursos de formação, eventos científicos e parcerias com instituições diversas em projetos de pesquisa das mais variadas matizes tendo o lastro científico e acadêmico como parte de todas as iniciativas.
A revolução na educação que sonhamos por tanto tempo, talvez possa, finalmente, começar a acontecer.